A moeda norte-americana subiu 0,40%, cotada a R$ 5,7940.
Já o principal Ãndice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,31%, aos 125.534 pontos.
Notas de dólar. Reuters O dólar interrompeu uma sequência de 12 quedas e fechou a sessão desta quarta-feira (5) em alta, a R$ 5,79.
Investidores repercutiram falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriam intenção de assumir o controle da Faixa de Gaza. Os temores de uma possÃvel guerra comercial entre EUA e China também ajudaram a fortalecer a moeda americana.
Nesta quarta, a Organização Mundial do Comércio (OMC) informou que a China apresentou uma contestação sobre as novas medidas tarifárias aplicadas por Trump. As incertezas geopolÃticas costumam fortalecer o dólar, pois a moeda é considerada a mais segura do mundo e acaba sendo o "refúgio" dos investidores durante perÃodos de maior cautela. No Brasil, os investidores também repercutiram as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a inflação no paÃs.
Lula disse que vai se reunir com representantes do setor de alimentos para procurar uma solução para o aumento dos preços. Na agenda de indicadores, o destaque foi a divulgação dos dados de produção industrial pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE).
No exterior, o foco ficou na criação de vagas de trabalho nos EUA. O Ibovespa, principal Ãndice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumulou alta 27% no ano; Ibovespa teve recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar desde o fim de 2024 O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar O dólar fechou em alta de 0,40%, cotado a R$ 5,7940.
Na máxima do dia chegou a R$ 5,8178.
Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,74% na semana e no mês; recuo de 6,24% no ano. No dia anterior, a moeda americana teve queda de 0,76%, cotada a R$ 5,7712. a Ibovespa O Ibovespa fechou em alta de 0,31%, aos 125.534 pontos. Com o resultado, acumulou: queda de 0,49% na semana e no mês; ganho de 4,35% no ano. Na véspera, o Ãndice teve queda de 0,65%, aos 125.147 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? As falas do presidente americano continuaram a movimentar os mercados nesta quarta-feira (5).
Na véspera, Trump afirmou que os EUA "assumirão o controle" da Faixa de Gaza, sugerindo que os palestinos da região deveriam ser realocados.
As declarações, feitas ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, geraram fortes crÃticas das comunidades internacionais geraram fortes crÃticas internacionais e forçaram a Casa Branca a se posicionar.
Em entrevista a jornalistas, a porta-voz do governo, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente não se comprometeu a enviar tropas para a Faixa de Gaza, destacando que a realocação seria "temporária". Ela também disse que os EUA precisam se envolver na reconstrução de Gaza "para garantir a estabilidade na região", mas que "não vão pagar" por ela. As falas reavivaram os temores de uma guerra generalizada no Oriente Médio, o que, além da catástrofe humanitária, poderia gerar problemas econômicos, dada a importância da região na produção e distribuição de petróleo. Ainda nos EUA, também pesava no mercado a preocupação sobre uma possÃvel guerra comercial entre o paÃs e a China, após o gigante asiático responder à imposição de tarifas por parte de Trump na véspera. Além disso, o cenário de juros nos EUA continua a preocupar, por um possÃvel aumento de preços no paÃs, devido à s tarifas de Trump.
Juros altos nos EUA elevam a rentabilidade dos tÃtulos públicos do paÃs, considerados os mais seguros do mundo, atraindo investidores e valorizando o dólar em detrimento de outras moedas. Na agenda de indicadores, o destaque no Brasil foi a divulgação dos novos dados de produção industrial.
Segundo o IBGE, a indústria brasileira cresceu 3,1% em 2024, apesar da perda de força no fim do ano, com uma nova queda de produção (-0,3%) em dezembro.
Os dados reforçam os sinais de desaceleração da economia, devido à maior taxa de juros, à desvalorização do real e à inflação ainda elevada. No exterior, o déficit comercial dos EUA aumentou 24,7% em dezembro, para US$ 98,4 bilhões, o maior patamar desde março de 2022.
Já a criação de vagas de trabalho no setor privado subiu para 183 mil em janeiro, de 176 mil em dezembro.
O setor de serviços norte-americano, por sua vez, apresentou uma desaceleração inesperada em janeiro, em meio ao arrefecimento da demanda, ajudando a conter o aumento dos preços.