Pré-candidato do PL foi entrevistado, nesta terça-feira (6), no g1.
Ele falou sobre temas como Abin Paralela, Guarda Municipal e Programa Cidade Integrada.
Alexandre Ramagem em entrevista no g1 Stephanie Rodrigues/g1 Alexandre Ramagem (PL) foi entrevistado na manhã desta terça-feira (6) por Edimilson Ávila, apresentador do podcast Desenrola, no g1.
A entrevista foi ao vivo, teve duração de uma hora, e Ramagem falou sobre alguns dos temas mais importantes da cidade do Rio. A equipe do Fato ou Fake checou algumas das principais declarações.
Leia: "Falam muito em monitoramentos de políticos, jornalistas, até ministros do Supremo.
Não há.
Não vi até agora." É #FAKE g1 A declaração é #FAKE.
Veja por quê: Alexandre Ramagem negou quando perguntado se na gestão dele na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), houve espionagem de políticos e jornalistas desafetos do então presidente.
Ramagem foi diretor da Abin. Mas o jornal O Globo revelou em março do ano passado que, durante a gestão de Ramagem na Abin, dados eram coletados por meio da troca de informações entre os celulares e antenas para conseguir identificar o último local conhecido da pessoa que portava o aparelho.
A Polícia Federal (PF) listou quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), oito parlamentares ou ex-deputados e cinco integrantes do Poder Executivo, incluindo servidores, entre os espionados.
O esquema, no entanto, ia além e incluía também diversos críticos de Bolsonaro.
A informação está em ofício da PF enviado ao Supremo Tribunal Federal.
No STF, foram monitorados os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.
Procurado pelo Fato ou Fake, o pré-candidato não quis comentar sua afirmação.
“A única pessoa que apareceu como monitorada [nas investigações sobre o esquema de espionagem ilegal conhecido como Abin Paralela], política, foi o ex-deputado Jean Wyllys (...) o único que apareceu nas investigações.” É #FAKE g1 A declaração é #FAKE.
Veja por quê: Segundo investigações da Polícia Federal, além do ex-deputado Jean Wyllys (Psol), o esquema conhecido como Abin Paralela também monitorou outras figuras políticas, como o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado Kim Kataguiri (União-SP) e os ex-deputados Rodrigo Maia e Joice Hasselmann.
Os senadores Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que integravam a CPI da Covid no Senado, assim como João Doria, ex-governador de São Paulo, também foram alvos de espionagem. Procurado pelo Fato ou Fake, o pré-candidato disse que a única pessoa que aparece no monitoramento do sistema é o ex-deputado Jean Wyllys, antes de sua chegada à Abin.
Informou ainda que ao perceber que poderia estar havendo uso regular da agência, foi "enfático na apuração". “Nós nunca contestamos resultados de eleições.” É #FAKE g1 A declaração é #FAKE: Veja por quê: Nos documentos encontrados pela Polícia Federal no e-mail do deputado, no âmbito do inquérito que investiga a chamada Abin Paralela, Ramagem diz na mensagem que tem “certeza de que houve fraude nas eleições de 2018, com vitória do sr.
[Bolsonaro] no primeiro turno”.
A afirmação é feita sem que ele aponte provas do que diz.
Nas redes sociais, para dizer que houve fraude no sistema eleitoral brasileiro, Ramagem também fez comparações da última eleição presidencial com a eleição venezuelana deste ano, cujos resultados são questionados pela comunidade internacional.
Não houve comprovação de fraudes nas eleições presidenciais de 2022, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Ordem dos Advogados do Brasil —que atuou como observadora das eleições— e o próprio Ministério da Defesa, então subordinado ao presidente Jair Bolsonaro.
Também atestaram a legalidade das eleições o Tribunal de Contas da União (TCU) e uma missão da (OEA) Organização dos Estados Americanos. Em depoimento à Justiça, o então comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes disse à Justiça que Bolsonaro sabia não haver fraude nas urnas. Procurado pelo Fato ou Fake, o pré-candidato não quis comentar sua afirmação.
"Extraíram uma anotação minha, privada.
Eu, nas minhas publicações, públicas, eu sempre coloquei sobre urnas eletrônicas que nós temos que ter devido aprimoramento sempre (...) Eu fiz um comentário privado para mim e não passei a ninguém, que extraíram do meu computador." É #FAKE g1 A declaração é #FAKE: Veja por quê: Alexandre Ramagem foi confrontado, em depoimento à Polícia Federal, com documentos registrados em seu e-mail com orientações para Jair Bolsonaro sobre temas sensíveis.
Os textos dos arquivos traziam, entre outras recomendações, ataques às urnas eletrônicas e à lisura das eleições, além de relatos difamatórios sobre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O jornal O Globo revelou no mês passado que Ramagem enviou, sim, e-mails ao ex-presidente Bolsonaro com orientações sobre como atacar as urnas eletrônicas.
As mensagens foram encontradas pela Polícia Federal. Em um dos textos, guardados em formato de word no arquivo "Presidente TSE informa.docx" há uma orientação para traçar uma estratégia de reforçar politicamente a "vulnerabilidade" das urnas eletrônicas.
"Por tudo que tenho pesquisado, mantenho total certeza de que houve fraude nas eleições de 2018, com vitória do sr.
(presidente Bolsonaro) no primeiro turno.
Todavia, ocorrida na alteração de votos", destaca o documento encontrado no e-mail de Ramagem. O texto passa, então, a sugerir a Bolsonaro que mine a confiança das urnas eletrônicas com informações comprovadamente falsas e sem fundamento.
"O argumento na anulação de votos não teria esse alcance todo.
Entendo que argumento de anulação de votos não seja uma boa linha de ataque às urnas.
Na realidade, a urna já se encontra em total descrédito perante a população.
Deve-se enaltecer essa questão já consolidada subjetivamente (...) A prova da vulnerabilidade já foi feita em 2018, antes das eleições.
Resta somente trazê-la novamente e constantemente", aponta o documento. O documento encontrado no e-mail de Ramagem, a partir de uma quebra de sigilo autorizada judicialmente, revela ainda que o ex-chefe da Abin municiava Bolsonaro com relatos difamatórios e sem qualquer comprovação de irregularidade sobre o ministro Alexandre de Moraes, do STF, alvo preferencial de ataques do ex-presidente e seus aliados. Procurado após a entrevista, Ramagem afirmou, por meio de sua assessoria, que “não existem e-mails enviados a quem quer que seja".
Existem, segundo ele, "anotações privadas que estavam no meu computador e não foram compartilhadas”.
O pré-candidato não explicou, no entanto, como a PF descobriu que seus e-mails eram direcionados ao ex-presidente Bolsonaro. "Na pandemia, houve uma aceleração para a produção de vacinas.
A gente sabe, isso já é enfático no mundo inteiro, que as vacinas tiveram pouco tempo de sua preparação e de testes.
Há sinais até de diversos efeitos colaterais." Não é bem assim (Foto: G1 arte) #NÃOÉBEMASSIM.
Veja por quê: A fala do candidato Ramagem coloca em dúvida a fabricação e os testes realizados para comprovar a eficácia das vacinas contra a Covid-19, apontando a existência de efeitos colaterais como um sinal de alerta. Contudo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que os efeitos colaterais relatados das vacinas de Covid têm sido, em sua maioria, leves a moderados e não duraram mais do que alguns dias.
Efeitos colaterais típicos incluem dor no local da injeção, febre, fadiga, dor de cabeça, dor muscular, calafrios e diarreia.
E as chances de que ocorra qualquer um desses efeitos colaterais após a vacinação variam de acordo com a vacina.
Os efeitos colaterais menos comuns já relatados incluíram reações alérgicas graves como anafilaxia.
No entanto, segundo a OMS, essa reação é extremamente rara. Os efeitos colaterais são conhecidos e citados nas bulas dos imunizantes registrados e aprovados pela Anvisa.
Os benefícios, segundo a agência, são muito superiores aos riscos.
A chegada das vacinas e a imunização da população "trouxeram a proteção necessária para a pandemia" de Covid-19, diz a Anvisa, o que resultou em queda de infecções, internações e de óbitos causados pelo vírus.
"Nós vamos estar sempre empenhados pelo trabalho de conscientização e melhor distribuição e ofertas de vacinas, como o próprio governo Bolsonaro fez.
Foi o governo que mais comprou vacina e ofereceu vacina a todos os brasileiros." É #FAKE g1 A declaração é #FAKE.
Veja por quê: Ao citar o governo do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) como exemplo de empenho no trabalho de "conscientização e melhor distribuição" das vacinas, o candidato Alexandre Ramagem ignorou diversas falas e atos de Bolsonaro desestimulando a vacinação, questionando a eficiência das vacinas e atrasando a compra de doses. Segundo a CPI da Covid, o governo Bolsonaro agiu contra as vacinas.
Depoimentos e documentos colhidos pela comissão mostram que, ao mesmo tempo em que o Ministério da Saúde colocava obstáculos para a aquisição desses imunizantes, a pasta participava, em paralelo, de negociações com suspeitas de irregularidades e até pedido de propina. Em março de 2020, em meio à pandemia de coronavírus, o ex-presidente disse que uma "gripezinha" não irá derrubá-lo. Em 2023, segundo dados do governo aos quais o g1 teve acesso, o país teve que incinerar 39 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 que venceram sem serem utilizadas.
O desperdício, na visão de especialistas, é consequência da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que demorou para comprar e distribuir as doses, enquanto o próprio Bolsonaro empreendeu uma cruzada contra as vacinas, se recusando a se imunizar e disseminando desinformação, como fez quando associou a vacina da Covid à Aids. Procurado, o pré-candidato não quis comentar sua afirmação.
“Eu acredito que devem [os hospitais federais] ficar com o governo federal.
E essa não é apenas uma opinião minha, que estou estudando a questão.
É a própria opinião do Tribunal de Contas do Município (TCM).
Ele não recomenda essa municipalização dos hospitais federais.” Fato g1 A declaração é #FATO.
Veja por quê: O TCM elaborou em 2019 um documento chamado "Estudo sobre a Viabilidade da Municipalização das Unidades de Saúde Federais”.
Em 36 páginas, o relatório detalha a situação dos seis hospitais e três institutos federais, localizados na cidade do Rio, e o impacto econômico que isso causaria nos cofres do município caso se tomasse a decisão de gerir essas unidades.
“A municipalização é medida drástica.
Seria preferível que houvesse efetiva cooperação entre hospitais federais e a SMS (Secretaria Municipal de Saúde), o que contribuiria para a otimização dos leitos”, aponta o documento.
“A prefeitura agora acabou de deixar de pagar quase...
de 172, 174 empresas que deveriam receber.
Só se pagou cerca de 77." Fato g1 A declaração é #FATO. ...