O principal critério de adesão ao programa é a renda per capita de cada integrante de uma família ser de R$ 218.
Segundo o governo federal, pessoas com carteira assinada ou microempreendedores individuais também podem ser beneficiários.
Não há restrição para esses grupos.
É #FAKE que beneficiários do Bolsa Família são proibidos de trabalhar Montagem g1 O empresário e influenciador digital Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, afirmou em entrevista que os beneficiários do programa Bolsa Família são proibidos de trabalhar.
É #FAKE. ✅ Siga o canal "Fato ou Fake" no WhatsApp selo fake g1 Durante entrevista ao podcast Flow, em 28 de agosto, Marçal disse: "O Bolsonaro foi orientado a dar o Bolsa Família e deixar a pessoa ter outra renda.
O Lula chegou e já cortou.
Se tiver o Bolsa Família, não pode ter renda".
Na última sexta-feira (6), em entrevista ao UOL e à Folha de S.Paulo, o empresário também disse que "a pessoa que está embaixo do assistencialismo é proibida de trabalhar, ela é desempregada.
Ela só está sendo bancada por uma leitoa bem gorda".
Embora o candidato não tenha citado nominalmente, o Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do país. O corte de uma palestra de Marçal sobre o tema também tem viralizado nas redes sociais nos últimos dias.
No vídeo, ele classificou o Bolsa Família como "bolsa miséria" e "sequestro na miséria", cujo objetivo seria "manter as pessoas na pobreza". As alegações do candidato do PRTB não são verdadeiras.
Na lei n° 14.601 de 19 de junho de 2023, responsável por recriar o Bolsa Família, não há nenhuma menção sobre beneficiários serem proibidos de trabalhar. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) informou ao Fato ou Fake que "o Programa Bolsa Família conta com a Regra de Proteção, que garante às pessoas assinarem a carteira de trabalho e continuar a receber o benefício".
O mesmo vale para Microempreendedor Individual (MEI).
A pasta ainda lamentou que o programa seja alvo de preconceitos e campanhas de desinformação. O atual Bolsa Família foi relançado em 2023 pelo presidente Lula (PT) em substituição ao Auxílio Brasil, implantado em 2021, durante a pandemia de Covid, pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). O programa prevê atualmente o pagamento de, no mínimo, R$ 600 por família, com acréscimo de R$ 150 para crianças de até 6 anos e R$ 50 por gestantes, crianças e adolescentes entre sete e 18 anos incompletos. Confira os critérios de elegibilidade para o Bolsa Família: renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa (situação de pobreza); inscrever-se no Cadastro Único (CadÚnico) e aguardar a análise de enquadramento do programa; (Confira como se cadastrar) mesmo se a pessoa tiver carteira assinada, for Microempreendedor Individual (MEI) ou outras fontes de renda, ainda pode se qualificar para o Bolsa Família. Caso a renda de uma família beneficiária apresente aumento de até meio salário mínimo por integrante (R$ 706), o regulamento garante a permanência dessas famílias no Bolsa Família por até dois anos, recebendo 50% do valor do benefício a que teriam direito, incluindo os adicionais para crianças, adolescentes e gestantes. Há beneficiários com carteira assinada? O Fato ou Fake perguntou ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome o total de trabalhadores que recebem o Bolsa Família. De janeiro a julho deste ano, o Brasil registrou 1.492.214 novos empregos com carteira assinada, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Do total, 838.109 empregos (56,2%) formais foram conquistados pelo público do Bolsa Família, aponta levantamento do ministério.
Isto é, mais da metade dos novos empregos no país foram gerados para os beneficiários do programa.
Somente em julho, 115.285 participantes do Bolsa Família conseguiram cargos com carteira assinada —o equivalente a 61,3% do número total de empregos gerados no país (188.021), de acordo com os dados do Caged.
Bolsa Família reduz desigualdades no Brasil O programa Bolsa Família ajudou a reduzir as desigualdades socioeconômicas no Brasil, principalmente no Norte e no Nordeste, apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada pelo IBGE em abril.
Segundo a pesquisa, um em cada cinco lares recebeu o benefício em 2023. O rendimento médio mensal domiciliar per capita chegou ao maior valor da série histórica da pesquisa: R$ 1.848, com alta de 11,5% em comparação com 2022.
O último recorde foi registrado em 2019 (R$ 1.744). Em 2019, antes da pandemia de Covid-19, o grupo dos 10% mais ricos tinha um rendimento médio mensal domiciliar per capita 18,8 vezes maior que os 40% mais pobres.
Essa razão caiu para 14,4 em 2022 e, no ano passado, para 13,7. O índice de Gini — que mede a concentração da distribuição de renda em uma população — também foi de 0,518 em 2023, repetindo o resultado do ano anterior, quando atingiu o menor patamar da série histórica.
O valor do indicador varia de zero (perfeita igualdade) a um (máxima desigualdade).
Procurada, a assessoria de Pablo Marçal não se manifestou até a última atualização da reportagem. Leia também: É #FAKE que vídeo com show de drones seja da campanha eleitoral de Pablo Marçal; imagem foi feita na Coreia do Sul É #FAKE vídeo em que Elon Musk declara apoio a Pablo Marçal; áudio foi manipulado É #FAKE que beneficiários do Bolsa Família são proibidos de trabalhar Montagem g1 Fato ou Fake explica: VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)