A Polícia Federal abriu inquérito e já cumpre diligências neste sábado (5) para apurar o caso do laudo com indícios de falsidade divulgado pelo candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) para acusar um de seus adversários na disputa, Guilherme Boulos (PSOL), de uso de drogas. A Justiça Eleitoral reconheceu indícios de falsidade no material usado para acusar Boulos e determinou a remoção do conteúdo das plataformas Instagram, TikTok e Youtube.
Marçal divulgou um suposto laudo que atestaria que Boulos teria consumido cocaína. O documento foi divulgado em vídeos nas redes sociais.
As publicações foram feitas por Marçal na noite desta sexta-feira (4).
Ao longo da campanha eleitoral, o candidato do PRTB fez insinuações contra Boulos sobre uso de drogas.
Na última quinta-feira (3), durante o debate da TV Globo, Boulos apresentou um exame toxicológico para comprovar não ter consumido nenhuma substância. No início da madrugada deste sábado (5), o post foi apagado das redes sociais de Marçal, que não comentou o caso após a decisão de Boulos de levá-lo à Justiça. Fontes confirmaram que Boulos já enviou à PF uma representação com a queixa a respeito da divulgação do suposto laudo.
O documento foi anexado a um inquérito instaurado no último dia 17 de setembro. Boulos já tinha representado por ter sido acusado de uso de drogas, por isso há, além do inquérito, diligências em andamento.
Segundo apurou o blog, não há mandados de busca em andamento.
As diligências realizadas até o momento são de checagem de dados e de abordagens periciais . Na sexta, logo após a divulgação do documento com indícios de falsificação, Guilherme Boulos (PSOL) informou que iria pedir a prisão de Pablo Marçal (PRTB), e a cassação da candidatura do concorrente à Prefeitura de São Paulo. Conforme apurado pelo g1, Luiz Teixeira da Silva Junior, dono da clínica Mais Consulta, que teria emitido o suposto laudo, já foi condenado por falsificar diploma de curso de medicina e ata de colação de grau. O documento também contém dados incorretos de Boulos: o RG tem um número a mais.
O nome da clínica aparece com a grafia incorreta.
Há, ainda, erros de gramática, como o trecho em que aparece “por minha atendido”.