Moradores estavam em uma fila para receber uma senha do cadastro do auxílio emergencial.
Confusão teria começado após a interrupção da distribuição de senhas, segundo a prefeitura, que deixou de distribuir 'em razão da presença de pessoas de bairros não atingidos e de diferentes pessoas que residem numa mesma casa'.
GCM usa bala de borracha para dispersar desabrigados do Jd.
Pantanal que estavam na fila Desabrigados pelas enchentes que atingiram a capital, principalmente na Zona Leste, foram dispersados por agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) com balas de borracha na tarde desta quarta-feira (5) no Jardim Helena após uma confusão na distribuição de senhas para retirar o auxílio de R$ 1 mil prometido pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Jaqueline Gonçalves, moradora do bairro, disse que estava ajudando a distribuir doações para a população quando foi atingida por um tiro de bala de borracha.
A vítima foi levada para a (UPA) Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Helena.
Segundo ela, a confusão teria começado quando o subprefeito de São Miguel, Divaldo Rosa, anunciou que o cadastramento estava encerrado.
"A fila estava imensa, tinha mais de 500 pessoas na fila.
Até que ele [o subprefeito] chegou e disse que não iria distribuir mais.
Nisso, a população se revoltou", afirmou.
Segundo a gestão Nunes, o auxílio é distribuído para famílias das regiões do Jardim Helena, Jardim Pantanal, Jardim das Camélias e São Miguel.
O benefício será concedido a todas as famílias que atenderem aos critérios estabelecidos, oferecendo suporte para cobrir despesas emergenciais. Vídeos gravados por moradores mostram uma correria em frente à Escola Municipal Murures, no Jardim Helena.
Os agentes, que teriam sido acionados após uma confusão, deram tiros de bala de borracha e bombas de efeito moral para dispersão.
LEIA MAIS: Entenda o que é o pôlder, obra que poderia minimizar problemas com enchentes no Jardim Pantanal, em SP, e está há 500 dias atrasada Prefeitura de SP vai notificar a Cetesb para fiscalizar aterros no Jardim Pantanal Estudo preliminar da Prefeitura de SP diz que remoção de famílias do Jd.
Pantanal custará R$ 1,9 bi com indenização e habitação popular Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que entregou, desde sábado 1.264 cartões emergenciais às pessoas que sofreram com alagamentos na região.
E que "em razão da presença de pessoas de bairros não atingidos e de diferentes pessoas que residem numa mesma casa, decidiu que não fará novos cadastros nos pontos de atendimento".
A gestão afirmou ainda que a Defesa Civil está fazendo busca ativa nas ruas alagadas para cadastrar novas famílias.
5 dias embaixo d´água Jardim Pantanal: moradores do bairro às margens do Rio Tietê esperam solução para alagamento que completou 4 dias Jornal Nacional/ Reprodução Boa parte dos moradores que estavam em busca deste auxílio são do Jardim Pantanal, que está há 5 dias embaixo d'água.
O Jardim Pantanal está desde a madrugada do último sábado (1º) embaixo d'água devido às fortes chuvas que atingiram a capital paulista. Vista do alagamento que atinge o Jardim Pantanal, na Zona Leste de São Paulo, na manhã desta terça-feira (4 de fevereiro de 2025), 4° dia de alagamentos na área.. EDI SOUSA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Mas as enchentes não são novidades pelo local, sendo enfrentadas pelos moradores desde os anos 80.
E qual o motivo dos alagamentos? O que pode ser feito? O distrito tem 45 mil moradores, fica dentro do Jardim Helena e é uma área de várzea que se estende por nove bairros ao longo da Zona Leste, divisa com Guarulhos.
Localizada na beira do Rio Tietê, a área é onde justamente o rio corre devagar e faz curvas. A região deveria ser uma Área de Proteção Ambiental (APA), em que são proibidas construções de casas e ruas.
Contudo, a ocupação irregular e desordenada da cidade transformou a região em um bairro de muitas famílias e comunidades.
Em uma grande enchente, no ano de 2009, o bairro ficou alagado por mais de 20 dias.
Ruas cheias de água da enchente no Jardim Pantanal, Zona Leste de SP, pelo 3° dia seguido. Reprodução/TV Globo